O professor Emílio Arimatea, que atua nas disciplinas de Gestão de Riscos e Compliance no MBA em Gestão da Segurança da Informação, tem mais de 20 anos de experiência em tecnologia da informação e dois livros publicados.
“Terminei minha graduação em 2007, nessa época eu já me interessava pela área de segurança da informação, porém ainda não tinha aparecido uma oportunidade. Trabalhei com suporte técnico, redes de computadores e uma passagem pela área de programação entre 2003 e 2014. A mudança veio mesmo em 2015, quando foi criado um setor de segurança da informação no CEFET/RJ, onde trabalhei por 10 anos, e fui nomeado para ser o responsável pela área.”
O professor Emílio ocupa atualmente o cargo de gerente de análise de riscos e governança na TI Safe, uma empresa líder em segurança cibernética para infraestruturas críticas.
“O tripé de segurança em Tecnologia da Informação é: confidencialidade, disponibilidade e integridade. Em Segurança Cibernética para infraestruturas críticas, temos as três também, sendo que o ponto fundamental é o da disponibilidade. Um sistema de automação não pode parar em hipótese alguma. A integração da comunicação nesse tipo de negócio também é crucial, pois qualquer mudança em regra de processos precisa ser comunicada para todas as partes.”
O professor acumula uma série de casos divertidos em seu histórico profissional, mas nos contou que há um que sempre vem à mente.
“O usuário abriu um chamado para a alteração da senha do seu e-mail. Resetei a senha, entrei em contato para verificar se ele conseguiu entrar com a nova senha, e o usuário relatou que não conseguia acessar sua conta, então resetei a senha novamente, mas o problema persistia. Tentei mais uma vez, sem sucesso.
Finalmente, perguntei a ele qual era o site que estava utilizando para acessar o webmail, e foi aí que descobri a surpresa: ele não estava tentando acessar o e-mail da instituição, mas sim sua conta pessoal no Hotmail. Expliquei que não tínhamos como resetar a senha de sua conta pessoal de e-mail, mas ele continuou fazendo questão. Depois de muita conversa, ele desistiu, e finalmente pude encerrar o chamado.”
O professor Emílio, que já havia feito dois cursos no Infnet em 2004 e 2005, nos contou que a oportunidade de lecionar veio como uma grande surpresa: “Entre estudar e ministrar aulas, foram quase 17 anos. Fiquei muito feliz.”
Quanto às tecnologias mais quentes para empregabilidade no momento, o professor destacou a inteligência artificial e o aprendizado de máquina. Para os que estão iniciando a carreira e os estudos agora, o professor aconselha ter o máximo de experiência possível nas diferentes áreas que compõem a tecnologia da informação.
“A TI é bem abrangente e não há como se especializar em “TI”, e sim em uma área dentro dela, que pode ser desenvolvimento, governança, infraestrutura, suporte técnico, banco de dados, etc. Claro, nem sempre é possível escolher uma área para se trabalhar em um determinado período. Mas, sendo possível escolher, é melhor para fazer uma escolha assertiva de especialização.”
