É comum que, mesmo depois de iniciar alguma graduação, os estudantes tenham dúvida sobre a sua escolha. Porém, dentro da faculdade muitos caminhos podem se abrir e mostrar que existem variados rumos a se seguir dentro de determinada área.
Durante a graduação em Biologia, a professora Michelle Araújo descobriu que poderia unir 2 de suas paixões quando participou de uma feira de iniciação científica, onde existia um laboratório que juntava a área de saúde com engenharia: a área de instrumentação biomédica.
“Comecei a estagiar no laboratório e isso me motivou muito a fazer engenharia da computação em conjunto com a biologia. Após me graduar em biologia, fiz o mestrado em engenharia biomédica enquanto fazia faculdade de engenharia da computação. Finalizei o mestrado e comecei a estagiar na área de computação, e foi quando pude ter certeza da área que eu queria mesmo seguir.”
Durante a graduação em engenharia da computação, Michelle se envolveu em diversos projetos de extensão, empresa júnior e comunidade sobre segurança da informação. Essas experiências despertaram nela a curiosidade sobre a área de cybersecurity.
“Eu fiquei muito interessada, pois era uma área que me permitia impactar mais as empresas, protegendo os dados, explicando como explorar e mitigar vulnerabilidades.”
Foi então que ela iniciou a carreira em desenvolvimento de software, migrando para segurança da informação e posteriormente atuando com Appsec/DevSecOps, uma área em que consegue unir o desenvolvimento de software com a cybersecurity.
“É nessa área que eu amo atuar, assim como lecionar. Eu quis ser professora pois sempre gostei de estudar, ensinar e encontrar uma didática que pudesse impactar os alunos. Pois tive professores que me impactaram durante a vida acadêmica também e me impactaram pela didática e conselhos que levarei por toda a vida.”
Para quem está começando, ela aconselha a nunca deixar de enfrentar as dificuldades que certamente aparecerão no percurso.
“Lembro que no início da faculdade, eu achava programar super difícil. Depois de criar meus próprios programas e resolver meus problemas, entendi a lógica por trás. Assim, não deixei que a dificuldade fosse maior que a minha vontade de melhorar e atualmente, o conhecimento em programação foi um dos meus diferenciais dentro da área em que atuo.”