“Fiz todos os processos seletivos sem nenhuma esperança.”
Larissa havia terminado o ensino médio, morava na periferia e não tinha experiência.
Era início de 2017, com o país em meio a uma tempestade política. Só se falava em crise e ela estava lá, procurando emprego.
O sonho de estudar estava distante e a necessidade era ajudar em casa. Larissa entregava currículos todos os dias, mas só com o ensino médio estava difícil demais ser chamada.
Um dia ela topou com a divulgação do Forsoft, um programa educacional da prefeitura com a Assespro, empresas madrinhas e o Infnet.
“Eu iniciei o Forsoft com a autoestima muito baixa, mas ao longo do curso isso foi mudando. Agora eu sei que posso ser sempre melhor e desenvolvi minha autoestima de uma forma incrível”, diz Larissa.
Aprendeu documentação de projetos e webdesign. Ao final do curso, foi contratada por uma das empresas madrinhas, a Neopath. É funcionária CLT e trabalha com configuração e teste de software.
“Fico muito feliz pelo fato de ser uma jovem, mulher, negra e da periferia e agora ter uma profissão de potencial. Estar aonde estou hoje pode ser uma coisa pequena para algumas pessoas, mas é muito importante pra mim e minha família. Minha mãe não teve a mesma oportunidade, ela apenas concluiu o ensino médio e hoje é cozinheira em uma casa de família. Já meu pai não sabe ler e é vendedor autônomo de peixe.”
Esse é o comecinho de uma história. Larissa tem apenas 20 anos: “pretendo continuar estudado, iniciar uma faculdade e fazer intercâmbio.”
Os seis meses de estudos do Forsoft são apenas o pontapé inicial. Fiquem ligados nos próximos capítulos: Larissa é uma moça de atitude com uma linda carreira pela frente.
Sobre o Forsoft, mais explicações neste post de junho: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10156264299350874&set=a.417587975873&type=3&theater