VIDA NA ESCOLA

Pelos corredores do Infnet

Quase todo dia vejo um aluno sentado no banco de madeira do hall do Infnet, trabalhando em seu notebook. Semana passada, parei para conversar.

“Por que você trabalha aqui durante toda a tarde?”, perguntei. E ele me disse que descobriu que tem um repetidor da rede sem fio praticamente só pra ele por ali, o que ajuda um bocado em seus uploads e downloads. Fiquei ainda mais curioso.

Aldo, que estuda na graduação de Redes de Computadores do Infnet, tem 39 anos e nunca teve moleza na vida. Mora em Honório Gurgel e está bancando sua graduação com o FIES. Filho de metalúrgico, seguiu a carreira do pai por algum tempo.

No ano de 2005, decidiu buscar uma formação em tecnologia e estudou no Senac. Com o que aprendeu, passou a trabalhar com segurança eletrônica CFTV e ficou na área por três anos.

Em 2008, iniciou sua formação técnica em telecomunicações e, no ano seguinte, obteve sua filiação ao CREA. Teve, então, a oportunidade de trabalhar em empresas bacanas, como a Vale, CpmBraxis, Sonda IT, NET, Oi e Supervia.

Com a crise dos últimos anos, a coisa apertou e ele precisou improvisar. Está trabalhando como autônomo, fazendo pequenos projetos em empresas e residências, relacionados a redes, cabeamento, configuração e manutenção de equipamentos.

Para complementar sua renda, passa a tarde cuidado de vários sites que criou, destinados a pequenos comerciantes e prestadores de serviços, como o www.ceasanet.com.br, o www.caxiasnanet.com.br e o www.honoriogurgel.net.br.

Aldo é um profissional que prefere uma conexão mais rápida – do nosso hall – do que uma cadeira mais confortável, que teria na biblioteca. Creio que isso já diz muito sobre como encara a vida e o trabalho.

Sucesso nos próximos passos, Aldo!