O envolvimento do professor André Ormastroni com o mundo da tecnologia começou muito cedo, quando, ao visitar a casa de um colega de escola, ele teve o seu primeiro contato com um computador.
“Era muito incomum em meados dos anos 80, ver computadores em casa. Eu fiquei fascinado pela máquina e com como ela conseguia rodar programas e jogos através de softwares gravados em fitas K7. Aquilo era o máximo e despertou muito a minha curiosidade: eu queria estudar e conhecer como funcionavam aquelas máquinas.”
Foi essa curiosidade que conduziu sua jornada profissional, o levando a concluir o curso técnico de Processamento de Dados e depois ingressar na graduação em Ciência da Computação.
“O mundo da TI exige que você estude e se especialize em métodos, ferramentas e novas tecnologias o tempo todo, porque o ciclo de novas tecnologias é muito rápido. Então desde que me formei na faculdade nunca parei de estudar. A formação que me demandou mais esforço e dedicação foi o mestrado em Engenharia de Computação. Atualmente, estou finalizando mais um MBA.”
Há mais de 15 anos o professor André é funcionário da Petrobras. Ele trabalha atualmente na área de inteligência, desenvolvendo projetos analíticos para detecção de fraudes.
“O último projeto foi o mais interessante. Meu time desenvolveu um mecanismo de detecção de indícios de fraude em licitações através de técnicas analíticas em grafos.”
Apesar do trabalho corporativo, ele sempre teve vontade de ser professor, e desde 2019 atua na graduação e na pós-graduação do Infnet em disciplinas relacionadas à Ciência de Dados e Engenharia de Software.
“Na faculdade, muitos amigos me procuravam para ajudá-los nos estudos e nas provas. A experiência de passar o conhecimento para outras pessoas me instigava a conhecer bem o conteúdo técnico para destrinchá-lo de maneira simples. Esse sentimento de apoiar os colegas a conseguirem ser bem sucedidos nas provas me fazia muito bem e a transição para me tornar professor foi natural. Ao longo do mestrado recebi convites de algumas universidades para lecionar, aceitei e o bichinho da docência me mordeu: nunca mais parei de lecionar, agora no Infnet.”
Sobre seus alunos no Infnet, ele fez elogios:
“O nível dos alunos é muito bom, muitos deles já estão empregados ou fazendo estágio, o que os coloca em sala de aula já com alguma experiência prática e sedentos por aprender mais. Aprendo o tempo todo com eles também. Tem sido uma experiência bem enriquecedora e diferente do que já vivi em outros lugares. O ambiente é ótimo para trabalhar. Os coordenadores, funcionários, colegas docentes, enfim, todos são engajados e estão ali disponíveis para se apoiarem quando necessário, de forma muito cordial e colaborativa.”
Ele conta ainda um pouco sobre os projetos dos alunos, onde conseguem aplicar as ideias e conceitos das disciplinas em problemas reais e contextualizados no seu escopo profissional. São projetos que nascem nas disciplinas e depois voltam para as empresas onde eles atuam. Eles muitas vezes comentam que o projeto foi elogiado, ou que aquele projeto serviu para uma promoção. Segundo o professor, ver o sucesso dos alunos é uma das maiores recompensas.
Quando perguntado sobre a tecnologia mais quente da área para a empregabilidade, ele destaca a programação em Python.
“Não diria que é a mais quente, mas sim a mais abrangente, aquela que pode te abrir portas para vários perfis profissionais diferentes: programação em Python. Seja como desenvolvedor front, back ou cientista de dados, os conhecimentos de programação em Python são importantes em qualquer lugar.”
Por fim, o professor aconselha os alunos sobre a importância de nunca pararem de estudar e manterem a mente aberta.
“Se tornem especialistas naquelas tecnologias que são a sua paixão, ou que você quer seguir, mas não abandonem o resto: sejam generalistas no mundo da TI, com uma visão mínima conceitual sobre tudo. Profissionais mais completos são mais versáteis e, consequentemente, mais valorizados do que especialistas de nicho.”