VIDA NA ESCOLA

Bate-papo com a professora Talita Peixoto

A professora Talita Peixoto, que iniciou sua relação com o Infnet há mais de uma década, compartilhou conosco uma história marcada por determinação, superação e compromisso com a transformação social.

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Eu sou “cria” do Rio de Janeiro, uma mulher negra e periférica, que frequentava os espaços de cultura negra pulsante, como escolas de samba, bailes charme e funk, ouvia sambas-enredo, letras de rap e hip hop que exaltavam a potência da periferia e das favelas para além da crítica social. Que saudades dessa época!

Após se formar em Administração, Talita ingressou em uma nova área de atuação, destacando-se e conquistando oportunidades de estudo e trabalho ao redor do mundo.

“Entrei na área de petróleo e gás, e fui me estabelecendo na carreira. Trabalhei, juntei dinheiro para os meus sonhos e investi nos meus estudos. Fui fazer um intercâmbio em San Diego, na Califórnia. Quando retornei ao Brasil segui me desenvolvendo e atuando com petróleo e gás, quando pude realizar um novo intercâmbio, dessa vez, uma pós-graduação em Gestão Internacional, em Grenoble, na França. Meu TCC foi sobre o reaquecimento da indústria naval no país, eu trabalhava em uma empresa global da cadeia desta indústria.”

Dentro da academia, ela contou que passou a mentorar empreendedores periféricos, mulheres e pessoas negras em projetos sociais. Em paralelo, seu reconhecimento no mercado de Diversidade, Equidade e Inclusão a levou a uma nova empreitada na área de investimentos de impacto, onde passou a atuar como Gerente de Portfólio de Equidade Racial.

“Foi assim que comecei a atuar na área e contribuir para abrir caminhos para pessoas empreendedoras sociais negras e periféricas terem a oportunidade de ter seus negócios avaliados por comitês de investimento com diversidade de gênero, raça e território e serem reconhecidos, investidos e acelerados para prosperarem, crescerem e escalarem!”

Além de seu sucesso profissional, Talita encontrou na docência uma missão gratificante, dedicando-se a preparar uma nova geração de profissionais conscientes de seu papel na sociedade.

 

 

“Um colega do mestrado havia me falado sobre o Instituto Infnet e eu achei incrível uma faculdade com uma infraestrutura tão completa oferecendo formação de graduação em alto nível! Para quem estudou em instituição pública no final da década de 90 com estrutura limitada, sabe bem a diferença que isso faz na formação e também para o bom trabalho docente.”

Um mês após terminar seu mestrado, surgiu uma oportunidade para lecionar no Infnet em uma pós-graduação como professora substituta.

“Assumi a disciplina e a turma me avaliou muito bem. Logo, fui convidada para assumir outras turmas. Em abril, farei 12 anos desde a minha primeira aula no Infnet!”

Para ela, ser professora é também uma forma de retribuir todo o apoio que recebeu ao longo de sua jornada, é ter um olhar sensível para acolher e ao mesmo tempo motivar alunos e alunas a desenvolverem seu potencial. Ela destaca uma dessas histórias.

“Na aula de empreendedorismo para graduação de marketing, perguntei aos alunos qual empreendedor eles mais admiravam. Um aluno disse que admirava seu pai e começou a contar sua história: um cara que estava em situação de rua no Centro do Rio com a esposa grávida, começou a vender doces, montou uma barraquinha, inovou lançando um serviço de delivery na época em que as pessoas não tinham celular, ele usava dois orelhões próximos. Não acreditei quando descobri que um dos alunos era justamente aquele bebê na barriga da mãe! Eu já havia usado o case do pai dele em turmas anteriores para falar sobre inovação e fidelização de clientes. O pai dele era o David Portes, um cara que eu muito admiro!”

Quando questionada sobre projetos marcantes que participou, ela destacou um que marcou muito sua carreira.

“Foi a primeira turma do Projeto Afreektech do Movimento Black Money, que recebeu apoio do Infnet para sua execução. Foi uma formação em Modelagem de Negócios, Marketing Digital e Programação oferecida para uma turma de pessoas negras, em sua grande maioria, mulheres. A equipe Infnet se empenhou muito para que o projeto acontecesse com a melhor experiência possível!”

Ela conta que foi muito bonito ver vários funcionários apoiando, preparando tudo com muito zelo e carinho, desde a equipe da limpeza, suporte de TI, técnico administrativos, pró-reitores e reitor.

“Hoje, várias pessoas que participaram daquela formação conseguiram empregos na área de tecnologia, marketing digital e design, outras conseguiram fazer a transformação digital dos seus negócios.”

Muita admiração e gratidão à professora Talita Peixoto por compartilhar conosco um pouquinho de sua trajetória inspiradora!

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Andre Kischinevsky

Professor Nota 10!

Prof. Allan Bessa começou a vida montando computadores. Estudou em colégio técnico, fez cursos livres de programação e entrou na área. Nessa época, morava em Del Castilho

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